Destas mãos que falam, saem gritos d'alma, gemidos de dor, às vezes, letras com amor, pedaços da vida, por vezes sofrida, d'um quase iletrado escritor. Saem inquietações, também provocações, com sabor, a laranjas ou limões. Destas mãos que falam, saem letras perdidas, revoltas não contidas, contra opressões, das nossas vidas! (Alberto João)

terça-feira, 25 de março de 2008

Homenagem a Solnado reabre Teatro Villaret


"Hoje já não o faria", diz Raul Solnado ao relembrar a abertura inaugural do Teatro Villaret, a 10 de Janeiro de 1965. O primeiro e até ao momento único actor português a mandar construir de raiz um teatro – satisfazendo assim um sonho antigo – admite que a aventura não foi fácil."Foram 11 anos duros, 11 anos de grande loucura e hoje já não teria energia para me meter noutra. Mas devo acrescentar que ter erguido – e gerido – o Villaret foi, também, uma experiência que me trouxe momentos de grande felicidade." Até porque, diz, no seu caso a gestão não é incompatível com a arte: "Sou muito mandão! Que o diga a minha empregada", graceja.Esta noite, e ao fim de meses de obras, o Teatro Villaret reabre ao público com novo visual: nova plateia, foyer remodelado, equipamento de segurança instalado como manda a lei. Na reabertura, e logo a seguir à estreia da peça ‘A Gorda’, de Neil LaBute (ver caixa), o actor vai ser homenageado, numa cerimónia que promete surpresas. No entanto, Solnado não aguentou a expectativa e já foi deitar o olho ao novo rosto do Villaret. "Fui ver se está tudo de acordo com o projecto original, do Daciano Costa, e achei-o lindo. Está como novo e espero que lá se faça um bom trabalho", comenta. O comediante, que acompanhou a gestão que a UAU fez naquele espaço, pretende igualmente seguir de perto os cinco anos que o Teatro D. Maria II assegurou.O conhecido actor deseja boa sorte ao director Carlos Fragateiro, acrescentando que "em teatro nunca se sabe". "É inútil contratar vinte economistas para gerir um teatro: a intuição é que vale. Em teatro não há balizas, não há regras. É preciso é coragem", conclui Raul Solnado."
Correio da Manhã online, 25-3-2008

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"Horta do Zorate" é um blogue pessoal, editado por Alberto João (Catujaleno), cidadão do mundo, fazedor desencostado, em autoconstrução desde 1958.