Destas mãos que falam, saem gritos d'alma, gemidos de dor, às vezes, letras com amor, pedaços da vida, por vezes sofrida, d'um quase iletrado escritor. Saem inquietações, também provocações, com sabor, a laranjas ou limões. Destas mãos que falam, saem letras perdidas, revoltas não contidas, contra opressões, das nossas vidas! (Alberto João)

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Escritor Pérez-Reverte defende fusão de Portugal e Espanha, e criação do país IBÉRIA...


"O escritor espanhol Arturo Pérez-Reverte defendeu a existência de uma Ibéria, um país único, sem fronteiras que separem Espanha e Portugal, porque é "um absurdo" que os dois países vivam "tão desconhecidos um do outro".

"Há uma Ibéria indiscutível que está entre os Pirinéus e o estreito de Gibraltar, com comida, raça, costumes, história em comum e as fronteiras são completamente artificiais", disse o escritor à agência Lusa, de passagem por Portugal a propósito do lançamento do romance "Um dia de cólera".

Para Pérez-Reverte, o maior erro histórico de Filipe II, no século XVI, foi não ter escolhido Lisboa como capital do império: "Teria sido mais justo haver uma Ibéria, e a história do mundo teria sido diferente".

O escritor disse que essa Ibéria não existe hoje administrativamente, mas "qualquer espanhol que venha a Portugal sente-se em casa e qualquer português que vá a Espanha sente o mesmo".

"Houve dificuldades históricas que nos separaram, mas a Ibéria existe. Náo é um mito de Saramago, nem dos historiadores romanos. É uma realidade incontestável" que precisa de um empurrão social e não político para concretizar o projecto, disse.

Ainda assim, disse que "é um absurdo que Portugal e Espanha vivam sempre tão separados, tão desconhecidos um do outro", já que deviam olhar para a Europa como ibéricos, porque o mundo de hoje "é um lugar de grandes mudanças sociais".

"Esse Ocidente pacífico, sereno, poderoso, com uma certa coerência cultural e social do século XX não poderá continuar. O Ocidente como o entendemos está na sua etapa final", disse.

Arturo Pérez-Reverte, 57 anos, é um dos escritores mais populares das letras espanholas da actualidade, com obra traduzida em quase trinta idiomas.

Antigo repórter de guerra, dedica-se em exclusivo à escrita desde finais dos anos 1980, tendo editado romances como "O cemitério dos barcos sem nome", "Território Comanche", "O hussardo", "O pintor de batalhas" e os seis romances da série de aventuras "Capitão Alatriste"."
in JN online, 19-11-2008

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"Horta do Zorate" é um blogue pessoal, editado por Alberto João (Catujaleno), cidadão do mundo, fazedor desencostado, em autoconstrução há 66 anos.