Marta, a menina de cinco anos a quem foi diagnosticada leucemia em Janeiro, recebeu anteontem, quinta-feira, ao final do dia, o transplante de medula óssea. A transfusão "correu bem, dentro da normalidade", garantiu ao JN a tia da criança.
Marta irá agora iniciar a recuperação, no Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa - onde fez a transfusão - podendo ficar internada entre "três semanas a três meses". Sendo os próximos dias "muito importantes para se perceber" se a Marta "aceita bem ou rejeita" a medula, explicou Maria João Drey.
Marta encontrava-se internada no IPO desde a semana passada - teve de ser sujeita a um tratamento de quimioterapia que se prolongou por vários dias para preparar o organismo para receber a transfusão. "O seu organismo tinha que estar a zeros" para o transplante, acrescentou, mencionado que os médicos lhe confirmavam os níveis de manhã, à tarde e à noite.
O tipo de leucemia diagnosticado a Marta é um dos mais graves e o transplante de medula era essencial. Durante três meses a família da menina fez apelos à doação de medula, nomeadamente na Internet. O caso foi divulgado pela Imprensa. A onda de solidariedade levou mais de 13 mil pessoas a inscreverem-se como dadoras. Dois dadores estrangeiros foram detectados - um norte-americano, outro espanhol; mas foi um português o escolhido para o transplante.
Marta vai recuperar numa zona de isolamento total, esterilizada, e a família terá de se desinfectar "como se fosse para uma cirurgia" para a poder ver.
A campanha para obter dadores compatíveis com Marta desenrolou-se no Facebook, tendo acolhido milhares de mensagens de apoio ao longo dos meses que durou o processo, depois de, em Fevereiro passado, ter sido feito o diagnóstico de leucemia.
Texto in JN online, 8-8-2009
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